domingo, 9 de outubro de 2011

Monstro interior

            Todos temos uns "monstro", um fantasma externo que desprezamos, então criamos um sistema de segurança para abafa-lo, a gente mantém o "monstro" bem preso para que ninguém o veja. Mas quando esse sistema de segurança falha e o "monstro' aparece ai ficamos expostos, as vezes o que tanto queremos esconder vem á tona e nos envergonha, sentimos que todos sabem o que somos, e somos algo que odiamos. Como se houvesse um Mister Haide em nós, como se o verdadeiro eu fosse outro, o que da medo na gente, medo de falhar o sistema de segurança, do Mister Haide se soltar e fazer alguma loucura. Vivemos alertas, atentos, vigiando o "monstro" e assim criamos mecanismos de defesas, nos isolamos, tudo para que o suposto "monstro" não venha para a luz.. 
            Qualquer coisa que nos tire do lugar seguro nos amedronta, temos medo do novo porque pode nos provocar coisas desconhecidas, queremos a qualquer custo esconder esse nosso lado, os desejos que nos inquietam, são desejos que talvez não tivéssemos que ter e nos esforçamos para reprimir. São desejos que trazem culpas, vergonha, desejos que vão contra a moral, contra o que deve ser. Nos odiamos quando as paixões nos dominam, nos odiamos quando todos vêem o que queremos esconder, odiamos as falhas de segurança, os vazios que nos disnudam e mostram as "misérias", mais isso acontece com todo mundo, cada um tem o seu monstrinho, e sabe o que fazer com ele? Temos que rir dele, aceitar quem somos, rir dos nossos medos, ridicularizar os nossos fantasmas, rolar de rir das nossas misérias, nos permitir ser quem somos e desejar o que desejamos, baixar a guarda e aceitar as falhas de segurança, deixar o Mister Haide sair porque lá no fundo todos somos esse monstro.
                                                                                                                                        Quase Anjos

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